O negro Sérgio Camargo, por pensar diferente da militância está impedido de assumir uma fundação aparelhada. Não seria diferente. |
PSol e OAB pressionaram para impedir que um negro presidisse a instituição
A nomeação de Nascimento, feita por meio do Ato 2.377, de 27 de novembro de 2019, havia gerado uma série de movimentações na última semana. O PSol também entrou com uma ação popular afirmando ser “evidente a incompatibilidade entre a trajetória e os valores de Camargo e aqueles valores que a lei determina que devem ser seguidos pela fundação”.
A Comissão Nacional de Promoção de Igualdade da OAB se posicionou contra a nomeação, afirmando repudiar o “discurso do novo presidente, que, ao assumir o cargo da fundação, revelou ser contra o feriado de 20 de Novembro, contra a própria causa e, lamentavelmente, negou a existência do racismo que permeia toda a nação brasileira”.
A nomeação de Sergio Nascimento de Camargo para a presidência da Fundação Palmares foi barrada nesta quarta-feira (4), pelo juiz Emanuel José Matias Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará.
A decisão foi baseada em uma petição popular contra a chegada de Camargo ao cargo com base em declarações dizendo que a escravidão foi ‘benéfica’ e que o Brasil tem “racismo nutella”. Ele ainda defendeu a extinção do feriado da Consciência Negra.
Guerra destaca ainda em sua decisão que a atuação institucional da Fundação Palmares é “voltada à promoção e preservação da cultura afro-brasileira, além do combate ao racismo e identificação e reconhecimento dos remanescentes de comunidades quilombolas”. Ou seja não há possibilidade de pensamento democrático. Se não estiver enquadrado não serve.
Questionado pelo PORTAL R7 sobre o impedimento de sua nomeação, Camargo classificou a decisão como “estapafúrdia” e disse que ela será derrubada.