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FUNDO ELEITORAL – NADA É TÃO RUIM QUE NÃO POSSA PIORAR

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DF MOBILIDADE
Pare um pouco e reflita: você está satisfeito com a política no Brasil? Se
você é uma pessoa normal, que acompanha o que vem acontecendo ultimamente no seu
país, a resposta a essa pergunta só pode ser um indignado e contundente “NÃO.
Claro que NÃO!”, seguido de um “Tá louco?”.
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A Lava Jato não para, a chamada “delação do fim do mundo” era apenas a
ponta do iceberg. Um a um, junto com
seus assessores, operadores e doleiros, caem em sequência os reis e as rainhas
desse castelo de cartas marcadas que é a estrutura político-partidária no
Brasil.
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A ideologia virou mera peça publicitária, ardil para sequestrar, de
quatro em quatro anos, os votos de incautos e inocentes. O que importa mesmo,
de verdade, é apenas abocanhar cargos e gerenciar orçamentos na estrutura
pública, podendo, assim, empregar apaniguados, fraudar licitações e de mil e
uma maneiras distintas sangrar e embolsar, em conluio com empresários e “amigos”,
os mais de dois trilhões em impostos pagos anualmente pelos cidadãos. Recursos
que, não fossem desviados pela corrupção, certamente seriam suficientes para entregar
à população educação, saúde, segurança e outros serviços públicos essenciais com
a mínima qualidade que deles se espera.
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Mas vamos ao ponto central. Não bastassem os recursos do Fundo
Partidário, da ordem de quase R$ 1 bilhão/ano [1], bem como os outros vários
bilhões a título de isenções fiscais para custear o horário eleitoral obrigatório
e a propaganda partidária no rádio e na TV [2], agora os políticos querem que
você, eleitor, também pague pelas suas campanhas, num montante inicialmente estimado
(ou seja, certamente deverá ser ainda maior!) em astronômicos R$ 3,5 bilhões
[3].
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Parece piada, mas, num país em que um Deputado ex-palhaço exerce o cargo
com mais seriedade do que seus pares, não se pode confiar no senso de humor dos
parlamentares. E o perigo é maior ainda, tendo em vista que, devido à regra da
anualidade na legislação eleitoral, a criação desse fundo extra precisaria
ocorrer a toque de caixa, com votação e publicação até o final de setembro.
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Se não houver ampla mobilização para barrar essas e outras propostas
estapafúrdias, a exemplo do voto em lista fechada [4], elas podem se tornar
realidade, mesmo sendo flagrantemente contra a vontade popular. Há muito os
congressistas não se comportam como “representantes do povo”, mas atuam, isso
sim, em causa própria e na defesa dos interesses dos seus financiadores
ilícitos de campanha. A desfiguração do projeto das “10 medidas contra a
corrupção” no final de 2016, por exemplo, demonstrou esse desvirtuamento de
forma cristalina. A descriminalização do caixa 2 também está na pauta.
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Apesar da crise que assola o país e cujo saldo já são mais de 14 milhões
de desempregados [5], reduzir o custo das campanhas não precisa ser uma
preocupação. Basta transferir mais uma conta pro povo, tratando, sempre que
convém, o dinheiro “público” como infindável. Para cumprir a lei e implementar o
voto impresso, alega-se falta de recursos [6], mas, de repente, como num passe
de mágica, cogita-se a instituição de um desavergonhado “fundo eleitoral” em
montante três vezes superior. Piada sem graça nenhuma.
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Enfim, a triste realidade é que até o slogan do Deputado-palhaço foi propaganda enganosa. As coisas
sempre podem piorar. Sábio mesmo era o falecido Ulysses Guimarães, a quem se
atribui a célebre frase: “Se você acha que o Congresso atual é ruim, então espere
pelo próximo”. É rir para não chorar.
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#2018RenovaGeral
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#MudeaPolitica
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