Teatro eleitoral antecipado e “um homem do povo” que tenta enganar o brasiliense

file-Ek1hN8CSk8AvjiLVuYVRqy

O teatro eleitoral em busca de aplausos do brasiliense

Ricardo Cappelli, o presidente da ABDI que vive servido por motoristas, regalias e um salário de R$ 43 mil, decidiu, num ato digno de uma peça mal roteirizada, que vai “morar” por uma semana no Sol Nascente. Sim, caro leitor, o interventor que já tentou empurrar a cartilha do governo federal goela abaixo do Distrito Federal agora quer se vestir de “cidadão comum” e pegar ônibus como quem experimenta uma aventura exótica. Convenhamos, nada mais oportunista do que trocar o conforto por uma falsa imersão, tudo isso regado a câmeras e discursos vazios.

Cappelli parece acreditar que dormir no Sol Nascente e pegar metrô por uma semana será suficiente para entender a complexidade da vida no DF. Mas a tentativa de humanizar sua figura política esbarra em uma realidade que ele nunca vivenciou: Brasília é muito mais do que transporte público e bairros periféricos. O DF exige um entendimento profundo sobre saúde, educação e segurança pública — áreas que ele desconhece completamente, como ficou evidente durante sua desastrosa passagem como interventor. Foi ele quem, em 2023, protagonizou a maior ingerência federal na segurança do DF, sufocando nossa autonomia e transformando o governo Lula em peça central de um cenário que cheirava a golpe eleitoral.

O “homem do povo” e o desdém pela inteligência do eleitor

Cappelli subestima a inteligência do brasiliense ao ignorar que nosso eleitorado não é ingênuo. Sabemos diferenciar um político autêntico de um personagem fabricado para agradar às massas. Sua “promessa” de viver como o povo é uma tentativa descarada de pintar um retrato de humildade, enquanto, na prática, ele continua representando os interesses do governo federal, que tanto prejudicaram o DF.

Quem pode esquecer o apoio de Cappelli às absurdas mudanças no Fundo Constitucional? Foi ele quem bateu palmas para a ideia de reduzir o orçamento que sustenta nossa saúde, educação e segurança, tudo para agradar aos cofres de Lula. E, claro, a cereja do bolo: o PIX para sustentar a gula do governo de Lula por taxação e aumento de impostos disfarçadas de políticas públicas. Tudo isso sob a falsa bandeira de modernização.

Ao pedir que as pessoas o recebam em suas casas, Cappelli dá mais um show de desconexão. A realidade do brasiliense não se resolve com visitas pontuais ou discursos informais no Instagram. Quer realmente ajudar? Comece por parar de apoiar medidas que tiram recursos da nossa cidade. Quer ser visto como empático? Largue o script teatral e enfrente os problemas do DF com seriedade.

O eleitor do DF tem um radar afinado para identificar oportunistas, e Cappelli não passa no teste. Sua campanha camuflada de “imersão” não esconde o fato de que ele é, no fundo, um personagem raso, tentando se infiltrar na vida do brasiliense sem compreender nossas reais necessidades. O DF não é cenário para peças de ficção, e os brasilienses, certamente, não são figurantes dessa trama.

Comentários