PSB ressuscita o desastre: Capelli é o clone piorado de Rollemberg rumo a 2026

Capelli e Rollemberg na reunião partidária que indica o pre candidato ao GDF
Capelli e Rollemberg na reunião partidária que indica o pre candidato ao GDF

Alguns partidos, ao que parece, têm uma relação muito peculiar com o conceito de memória. O PSB-DF, por exemplo, acredita sinceramente que os brasilienses esqueceram quem foi Rodrigo Rollemberg e o que ele fez — ou não fez — entre 2015 e 2018. Não satisfeitos com o vexame, agora querem que a capital abrace Ricardo Capelli, uma espécie de estagiário avançado de Flávio Dino, como “nova promessa” para 2026.

Vamos aos fatos, porque eles são teimosos: Rollemberg saiu do governo com 68,2% de rejeição. Quase três quartos da população do DF consideraram sua gestão ruim ou péssima. E por que será? Talvez pelos salários atrasados. Talvez pela saúde pública destroçada. Talvez por ter mandado destruir centenas de casas de condomínios de classe média, derrubado casas de famílias hipossuficientes e templos religiosos. Talvez pela tentativa grotesca de censurar críticas em outdoors. Ou talvez pela total ausência de obras relevantes. Se Brasília fosse uma orquestra, Rollemberg foi o maestro do silêncio.

Já Ricardo Capelli… Bem, Capelli é aquele tipo de político que ninguém elegeu, mas que sempre está ali, orbitando cargos, geralmente indicados por padrinhos de peso. No Maranhão, como secretário de Comunicação de Flávio Dino, ele ajudou a embalar uma gestão que deixou o estado no último lugar em quase tudo: menor renda, maior analfabetismo, ausência de esgoto, internações por doenças básicas. Se esse é o cartão de visitas, imagine o que nos espera.

Agora, com pose de profeta urbano, Capelli promete viver de “sete a dez dias” por mês nas periferias do DF. Como se um político de gabinete virando hóspede eventual de Sol Nascente fosse a solução dos nossos problemas. Isso não é política pública — é imersão teatral para alimentar vídeo de campanha.

É preciso dizer com todas as letras: esse projeto do PSB é arrogante, deslocado e embriagado de si mesmo. O partido quer transformar o DF em trampolim para ambições nacionais, enquanto vende ao povo a ilusão da escuta sensível e da renovação. Mas Brasília não é território de laboratório ideológico. E o povo já aprendeu, com Rollemberg e seus fantasmas, que nem todo messias vem para salvar.

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