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Ônibus e automóveis são os meios de transporte mais usados no DF

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

Levantamento do IPEDF, com base nos dados da última Pdad, também avalia outras formas de deslocamento, como metrô e bicicleta

 

O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) divulgou, nesta quarta-feira (28), o estudo Como Anda Brasília, elaborado a partir de dados coletados na última Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios (Pdad), de 2021. O estudo revela como a população do DF se locomove para trabalhar e estudar, apresentando recortes sobre a mobilidade de acordo com sexo, idade, raça e renda. Os meios de deslocamento mais utilizados foram os ônibus e o automóvel. Na mobilidade ativa, a preferência foi pelo deslocamento a pé.

No deslocamento entre a residência e o local de estudo, o automóvel foi mais utilizado entre os residentes do Park Way, Lago Sul e Sudoeste/Octogonal, enquanto o uso do ônibus foi maior no Itapoã, Sol Nascente/Pôr do Sol e Riacho Fundo II | Foto: Tony Oliveira/Agência Brasília

No deslocamento entre a residência e o local de trabalho, os moradores do Lago Sul (97,5%), Sudoeste/Octogonal (88,4%) e Lago Norte (86,9%) são os que mais utilizaram o automóvel como meio de transporte principal. Quanto ao uso do ônibus, os maiores percentuais foram observados no Sol Nascente/Pôr do Sol (62,8%), Paranoá (58,1%) e São Sebastião (53,1%). Em relação ao uso do metrô, os habitantes de Águas Claras (10,3%), Samambaia (7%) e Ceilândia (6,3%) apresentaram o maior uso, justamente pela existência de linhas do modal nessas regiões.

Considerando os meios não motorizados, o uso da bicicleta para o deslocamento residência-trabalho foi maior entre a população das regiões administrativas SCIA/Estrutural (10%), Paranoá (3,4%) e São Sebastião (3,3%). Já os trajetos realizados a pé tiveram maior representatividade nas RAs Brazlândia (22,7%), SIA (22,6%) e Varjão (21,4%).

Arte: Divulgação/IPEDF

No deslocamento entre a residência e o local de estudo, o automóvel foi mais utilizado entre os residentes do Park Way (77,9%), Lago Sul (76,9%) e Sudoeste/Octogonal (76,8%), enquanto o uso do ônibus foi maior no Itapoã (45%), Sol Nascente/Pôr do Sol (42,7%) e Riacho Fundo II (37,6%), e do metrô em Águas Claras (7,3%), Guará (3,4%) e Ceilândia (2,3%). Analisando a mobilidade ativa, o deslocamento a pé foi mais significativo em Ceilândia (59,6%), Recanto das Emas (50,7%) e Samambaia (44,6%), e a bicicleta no SCIA/Estrutural (4,0%), Planaltina (2,5%) e SIA (2,2%).

Recorte sociodemográfico

Os meios mais utilizados para ir ao trabalho, tanto entre os homens (51,9% e 28,6%) quanto entre as mulheres (43,8% e 39,3%), foram o automóvel e o ônibus. O deslocamento a pé foi realizado por 10,9% das mulheres e 8,3% dos homens. Para ir ao local de estudo, o deslocamento a pé foi o mais utilizado em ambos os sexos (34,5% entre os homens e 33% entre as mulheres). O automóvel foi o segundo meio mais utilizado entre os homens (26,5%) e o terceiro entre as mulheres (25,6%), enquanto o ônibus foi registrado na utilização de 22,1% dos homens e 26,1% das mulheres.

Arte: Divulgação/IPEDF

A maioria dos homens e mulheres que se deslocaram de automóveis para o trabalho tem de 40 a 59 anos. No deslocamento a pé, destacaram-se as mulheres com 60 anos ou mais, seguidas pelos homens na mesma faixa etária. No deslocamento ao local de estudo, o uso do ônibus cresceu conforme a idade aumentou, enquanto o de automóveis diminuiu: 44,5% dos homens e 55,2% das mulheres entre 18 e 24 anos utilizavam o ônibus. O deslocamento a pé foi maior na faixa etária dos 4 aos 10 anos em ambos os sexos.

O meio de transporte mais utilizado para ir ao trabalho entre a população negra e não negra foi o automóvel (41,8% e 57,7%, respectivamente), seguido do ônibus (37,8% e 26,9%) e do deslocamento a pé (10,5% e 7,9%). No trajeto para o local de estudo, o automóvel foi o mais utilizado entre os não negros, enquanto o deslocamento a pé foi o mais utilizado entre os negros. O ônibus ficou em segundo lugar entre os estudantes negros e não negros.

As mulheres negras são as que mais se deslocaram para o trabalho de ônibus (45,5%) e a pé (12,7%), seguidas pelos homens negros (32,5% e 9%, respectivamente). Os homens não negros são os que mais se deslocaram para o trabalho de automóvel (61,1%), seguidos pelas mulheres não negras (53,9%). O uso de automóvel para ir até o local de estudo foi maior entre os homens não negros (33,8%) e as mulheres não negras (33,6%), enquanto o deslocamento a pé foi maior entre os homens negros (38,5%) e as mulheres negras (37,5%).

Faixas de renda

Analisando por renda, observa-se que na faixa de até um salário mínimo tanto homens como mulheres utilizaram mais o ônibus para ir ao trabalho (42,8% e 54,5%, respectivamente), assim como na faixa de um a dois salários mínimos (48,2% e 63,5%). Na faixa de renda mais baixa o automóvel foi o segundo transporte mais utilizado pelos homens (21,9%), enquanto para as mulheres foi o deslocamento a pé (25,1%). Nas faixas acima, o cenário se inverte: o automóvel foi o mais utilizado por ambos os sexos, com percentual crescente de acordo com a renda, seguido do ônibus.

No trajeto entre a residência e o local de estudo, o ônibus foi o mais utilizado por homens e mulheres considerando as faixas de renda de até um salário mínimo (34,9% e 39,4%, respectivamente) e de um a dois salários mínimos (40,6% e 51,9%). Na faixa mais baixa, o deslocamento a pé figurou logo em segundo lugar para ambos os sexos, enquanto na faixa seguinte o automóvel foi o segundo transporte mais utilizado pelos homens e o deslocamento a pé pelas mulheres. Nas faixas acima, o automóvel se destaca e o deslocamento a pé chega a ultrapassar o ônibus em alguns cenários.

Confira o infográfico com os principais dados de acordo com o recorte sociodemográfico.

Assista aqui à apresentação do estudo e confira a apresentação e o estudo completo.

*Com informações do IPEDF

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