O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), deixou claro nesta quinta-feira (12) que uma possível aliança entre seu partido e o PT nas eleições de 2026 está fora de cogitação. Durante entrevista, Ibaneis fez questão de enfatizar o que considera serem os erros do passado e afirmou não acreditar que Rafael Prudente, deputado federal pelo MDB e figura de destaque no cenário nacional, seguiria por esse caminho.
“A aliança foi feita no passado nas eleições de Agnelo [Queiroz, PT] e [Tadeu] Filippelli (MDB). Eleitoralmente, a união não deu certo, porque prejudicou tanto o PT quanto o MDB”, afirmou o governador, destacando que, embora respeite os envolvidos, o resultado dessa coalizão não agradou. “Não foi um governo bom, talvez tenha sido um dos piores do Distrito Federal.”
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Ibaneis não poupou críticas ao desempenho das gestões passadas, fazendo questão de comparar o governo de Agnelo com o de Rodrigo Rollemberg (PSB), seu antecessor. “Agnelo só não foi pior que o governo do Rollemberg, que foi o pior da história do Distrito Federal”, disparou.
Apesar de os dois partidos integrarem a base do governo federal, o governador reforçou que uma aliança local seria malvista pela população, como já demonstrado em eleições anteriores. Para ele, a rejeição popular à união entre MDB e PT se deve, principalmente, ao fracasso das gestões decorrentes dessa parceria.
Sobre Rafael Prudente, Ibaneis foi enfático ao exaltar o potencial do deputado federal e afastar os rumores de articulações com a esquerda. “Acredito que o Rafael, que tem um futuro promissor na política, não colocaria o nome dele em algo assim. Ele vem de uma família de empresários que optou pela política e, hoje, é um deputado reconhecido nacionalmente. Não é o momento”, declarou.
O governador também destacou sua relação com Prudente, ressaltando a importância do diálogo entre ambos sobre questões fundamentais para o DF, como o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF).
A fala de Ibaneis revela não apenas sua postura crítica em relação a alianças passadas, mas também seu foco em consolidar o MDB como uma força política independente, distanciada das controvérsias que marcaram antigas gestões. “Estamos aprendendo com os erros do passado. O futuro do DF exige responsabilidade e decisões coerentes”, concluiu.