Em uma entrevista na quinta-feira, 12 de dezembro, o governador Ibaneis Rocha afirmou não ter interesse em realizar uma aliança com o PT em 2026. Considere que Ibaneis ocupa o mais importante cargo do MDB-DF na capital e um dos mais importantes do Brasil.
Alguns deputados e lideranças oportunistas do DF queriam reviver esse Déjà vu. Veja você!
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Vamos aos fatos: a aliança do MDB com o PT há 14 anos teve um propósito emergencial, haja vista que a polícia batia à porta dos poderosos do quadradinho. Em 2010, Agnelo Queiroz, do PT, foi eleito governador do Distrito Federal, com Tadeu Filippelli, do PMDB, como seu vice.
A eleição ocorreu em um contexto de crise política, após os escândalos de corrupção no governo anterior, marcados pela Operação Caixa de Pandora que afastou e prendeu o ex-governador Arruda. Agnelo, apoiado por Lula e por uma coalizão que incluía partidos como PDT e PSB, prometeu combater a corrupção e restaurar a confiança na política local. A aliança entre Agnelo e Filippelli foi significativa, pois uniu dois partidos que historicamente eram adversários no DF. No entanto, o resultado foi ainda mais vexatório, com ambos sendo presos e deixando um legado de corrupção, obras inacabadas e outras superfaturadas.
Rodrigo Rollemberg, do PSB, foi eleito governador do Distrito Federal em 2014, com 55,7% dos votos válidos no segundo turno, derrotando Jofran Frejat, do PR. Sua campanha usou o slogan “Somos Todos Brasília”, que incluía partidos como SD, PDT e PSD. Rollemberg prometeu combater a corrupção promovida pelos “companheiros socialistas” e melhorar a gestão pública, enfrentando um déficit significativo deixado pelo governo anterior de Agnelo Queiroz, Filippelli e Cia.
Não é preciso desenhar. Quem não se lembra dos rodízios das torneiras? Um dia havia água no outro não. Aumento para servidores nem pensar (só se falava em Lei de Responsabilidade Fiscal) e greves pipocavam. Nomeação de novos servidores? Quase não se ouvia falar.
Ibaneis acerta ao afirmar que não quer estar ao lado dessas pessoas. O discurso de Ibaneis converge com os eleitores do DF, principalmente aqueles mais ideologicamente alinhados ao progresso da capital. A guerra sangrenta pela manutenção do Fundo Constitucional pôs fim a essa conversa fiada de muitos mdbistas e dos oportunistas que agora veem suas ambições naufragarem.
Ibaneis acerta ao refutar a associação com a mesma galera que ataca o Fundo Constitucional.
Não que o governador seja perfeito, mas suas ações concretas junto à sociedade brasiliense são assertivas e corrigiram a rota do desenvolvimento econômico e social da capital. E olha que nem estou falando das obras em correções das rotas de mobilidade urbana.
“Ah, mas o Ibaneis tem um monte de petistas e esquerdistas no governo, como você responde a isso?”; Eles estão em todas as esferas da sociedade brasiliense, em todas as autarquias, empresas públicas, administrações regionais e universidades. Não há como não conviver. Existem técnicos e técnicos.
Mas dizer que eles devem comandar os rumos daí é outra coisa completamente diferente. Caso Ibaneis concordasse com tal aliança, ele poderia estar deslegitimando a brilhante vitória de reeleição no primeiro turno das eleições de 2022, quando venceu um ex distrital mediano e posteriormente também venceu os golpistas do governo federal que avançaram com toda sanha numa intervenção federal na segurança pública do DF.
Por fim, Ibaneis acerta ao separar o joio do trigo. A descontinuidade de um projeto vencedor seria o reconhecimento da mediocridade, algo que Ibaneis certamente desabona. Cabe ressaltar que essa posição aconteceu em meio à guerra ‘sanguinolenta‘ travada em defesa do Fundo Constitucional, o que enterrou de vez essa possível aliança e selou a boca de muitos clientelistas de plantão.
Bônus: Os partidos do espectro esquerdista jamais desistirão do poder; eles apenas recuam para se reagrupar. Incapazes de autocrítica, irão de todas as maneiras, principalmente via judicial, para consolidar o projeto de “tomar” o DF.