Na manhã desta quarta-feira (30), às 11h, a Comissão de Segurança Pública do Senado realizou audiência pública para esclarecer supostas ameaças de morte recebidas por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) . No entanto, Tagliaferro não compareceu presencialmente, enviando um áudio ao senador Flávio Bolsonaro em que alegou “questões pessoais” e a necessidade de preservar a sua segurança e a de sua família, mas garantiu que prestará depoimento “no momento oportuno” .
Tagliaferro é alvo de inquérito da Polícia Federal, que o indiciou em abril por violação de sigilo funcional ao vazar informações sensíveis da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE . O requerimento para a audiência foi apresentado pelos senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Eduardo Girão (Novo-CE), que também convidaram o ministro Alexandre de Moraes e seus ex-juízes auxiliares Marco Antônio Martins Vargas e Airton Vieira, sem sucesso . Somente os jornalistas Glenn Greenwald e Sérgio Tavares, autores de reportagens sobre o caso, marcaram presença, enquanto parlamentares da oposição criticaram a falta de disposição para o diálogo no Senado .
A audiência, inicialmente programada para terça-feira (29), foi reagendada para o dia seguinte devido à incerteza sobre as confirmações . Apesar do adiamento, a ausência de Tagliaferro e de Moraes impediu que a CSP obtivesse esclarecimentos diretos sobre os áudios vazados, intensificando dúvidas quanto à transparência dos processos judiciais. Parlamentares de oposição classificaram o ocorrido como desrespeito ao colegiado, com o senador Magno Malta chamando Moraes de “figura impoluta, nojenta” e Eduardo Girão acusando a falta de compromisso com a transparência . O presidente da comissão, Flávio Bolsonaro, indicou que uma nova data será definida para ouvir os convidados ausentes .
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